Infecção urinária atinge mais mulheres

 

Quatro em cada cinco mulheres já sofreram pelo menos um episódio de infecção do trato urinário, também chamada de cistite ou infecção urinária, durante a vida. Embora os sintomas da doença possam ser facilmente identificados e o tratamento seja simples na maior parte dos casos, a cistite requer muita atenção. Isso porque, se não for tratada adequadamente, pode evoluir e, além da bexiga, passar a prejudicar os rins.

A cistite é a infecção bacteriana mais comum no ser humano, principalmente entre as mulheres com idade entre 20 e 40 anos e as grávidas. Já os homens sofrem mais na primeira infância e depois dos 55 anos, sobretudo por distúrbios na próstata.

Os sintomas incluem dor e ardência ao urinar, além de vontade de ir ao banheiro várias vezes por dia, embora saia um volume pequeno de urina a cada micção. Também podem ocorrer dores abdominais e sangramento ao urinar.

Dois exames são essenciais para descobrir qual é a origem do problema urinário. O primeiro é um teste de urina tipo 1, que fica pronto no mesmo dia e detecta o número de leucócitos (células de defesa) no xixi. Se houver demais, é sinal de que alguma bactéria entrou no sistema urinário e pode ser a causa da infecção.

O segundo exame é o conhecido como urocultura. As bactérias da urina são cultivadas durante cinco dias para identificar quem são elas e, indicando assim, qual é o antibiótico mais eficaz para eliminá-las.

É importante prestar atenção na cor da urina, que precisa ser clara. Uma coloração mais amarelada pode ser falta de hidratação, alimentação ou decorrência do uso de medicamentos. Geralmente, a primeira urina do dia é a mais escura porque à noite um hormônio secretado aumenta a absorção de água e a concentração do xixi.

Beber água é fundamental para prevenir inflamações e infecções. A hidratação ajuda a manter o aparelho ativo, com fluxo de urina normal e saudável. A água também é necessária para uma série de processos metabólicos e biológicos do organismo.

A higiene íntima também é fator fundamental, principalmente para as mulheres, por causa da anatomia do corpo, que têm a vagina e o ânus em locais muito próximos. Uma dica é limpar, sempre que possível, o xixi com papel higiênico e sempre que possível fazer uma higienização mais completa usando o chuveirinho.

Sabonetes íntimos também são úteis, mas devem ser usados na medida certa (até uma vez por dia), porque a vagina tem uma flora bacteriana importantíssima para manter o pH da região e proteger a mulher. Absorventes internos precisam ser trocados a cada 2 ou 3 horas, e evitar dormir com eles.